Essa
mentalidade é característica de grande parte dos cidadãos que moram aqui, preferindo
derrubar um prédio antigo, caindo aos pedaços e com sistema elétrico defasado,
e construir um novo edifício, com modernas instalações. Exemplo disso, foi a
recente demolição do nosso estádio de futebol Machadão, que tinha 40 anos e foi
palco de grandes disputas do futebol potiguar, e que deu lugar a um canteiro de
obras para a construção do Arena das Dunas, mais moderno e amplo.
Fonte: Tribuna do Norte |
Porém, com a
maior ação do Iphan-RN, a situação começa a mudar, mesmo lentamente. Preocupados
em manter a identidade histórica e cultural da cidade, foram responsáveis por
tombar prédios centenários e com suas devidas histórias de vidas, evitando suas
demolições. Além disso, o órgão revitaliza e reestrutura alguns edifícios com
verba federal, como a centenária Estação Ferroviária Sampaio Correia, que após
ser revitalizada e reestruturada, será inaugurado em Março deste ano, trazendo
novamente a beleza da obra arquitetônica.
Fonte: Tribuna do Norte |
Mas os
problemas não acabaram, ainda existem muitos prédios antigos que estão em mãos
particulares e que não são disponibilizados para revitalização, e até mesmo
correm o risco de ser demolidos e vendidos para construção de prédios
comerciais e residenciais. Caso do Clube da Arpege, antigo bar que funcionava num
dos maiores prédios históricos da ribeira e que hoje está em estado deplorável,
mas que já está em negociações com alguém que queira revitalizá-lo.
Mesmo com a
ação do IPHAN-RN e de poucos que se importam com a situação histórica e
cultural da cidade, a mentalidade de desvalorização do velho e antigo ainda
toma conta de grande parte da população natalense, o que não é visto em cidades
como Recife, Olinda e Ouro Preto, onde a própria população luta pela preservação
da cidade. Então, devemos dar valor ao que faz parte da nossa história e da
cidade, o centro histórico precisa ser valorizado e ser uma das imagens
turísticas de Natal.
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