domingo, 23 de outubro de 2011

Imposto nosso de cada dia

 
   Não faz muito tempo, precisamente dois meses, que os EUA estavam passando por uma situação financeira crítica: elevar ou não o teto da dívida pública? A gastança era tamanha e o dinheiro para pagar era escasso. Além de diminuir os gastos do governo, aumentar a carga de impostos apresentou-se como uma solução para tirar o país americano de uma crise financeira.
   Esses impostos seriam direcionados exatamente aos mais ricos cidadãos, com capacidade de pagar e ainda assim manter sua linha de vida. Porém, os conservadores torceram o nariz, e não aceitaram compartilhar uma pequena quantia de suas fortunas para tirar o governo do vermelho, desconsiderando a importância que isso tem para sua economia nacional.
   Nesse caso, os impostos, tão odiados pela população, apresentam um objetivo de melhorar a condição do país, e posteriormente, melhorar a dos seus cidadãos. Seria uma ação do próprio povo para amparar sua nação e conseguir tentar manter sua qualidade de vida, nada mais sensato.
  Já no caso Brasileiro, a população tem todos os direitos de odiar esse gasto extra nas contas. Além de ser igualitário - sim igualitário, pelo qual pobres pagam o mesmo que os ricos - esse dinheiro vai para união, e é surrupiado para os bolsos dos políticos. O país tem uma das maiores arrecadações, e não vemos nossos dinheiros sendo investidos em nossa qualidade de vida.
   As escolas públicas caem aos pedações, nos obrigando a pagar ensino privado - o que não deixa de ser mais um imposto. E para ter acesso a um sistema de saúde digno, devemos contratar planos de saúde. Mais da metade da população não tem acesso a saneamento básico e água potável. Vivemos sem segurança e as poucas obras que começam, são logo paralisadas. Enquanto isso, vemos mais notícias sobre esquemas e trambiques dos políticos com o nosso dinheiro.
   Dessa forma, podemos ver o quão discrepante são as funções do imposto, e do destino do dinheiro público em países desenvolvidos, que estão passando graves situações econômicas, e o Brasil, que tanto tem que crescer e se desenvolver. Assim, é preciso engajamento social para fiscalizar os gastos da união e dos próprios políticos. Precisamos saber se nosso dinheiro está sendo utilizado para melhorar o país ou melhorar a conta bancária dos governantes.
 

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