Após surgir esta foto nas redes sociais da prefeita de Natal, Micarla de Souza, dentro de um ônibus lotado, várias brincadeiras e comentários surgiram dos usuários das redes, como: "Agora ela sabe o valor de 2,20!"; "Prefiro sair do ônibus e chegar atrasada no trabalho do que pegar um ônibus com Micarla"; "Essa blusa branca voltaria preta cheia de grude"; entre outros comentários.
A ocasião da fotografia ocorreu nessa quinta feira, dia 26, quando foi inaugurada mais uma linha de ônibus, que beneficia a comunidade de Stalingrado, zona oeste da cidade. Ela entrou no ônibus e conferiu o funcionamento e o trajeto do veículo. Além de prometer mais investimentos no sistema de transporte da cidade e novos estabelecimentos de saúde e policia na comunidade.
Para ser sincero, no começo eu até achei a situação engraçada e ri das brincadeiras na internet. Porém, com um segundo olhar pude ver que a situação era muito diferente, já que 2012 é ano de eleições para prefeito e o fato não passa de puro marketing. Micarla pouco dava as caras na cidade durante esse mandato, indo apenas para inaugurações e festas, dar um passeio dessa forma no meio do povo e tirar foto com um sorrisão no rosto era coisa de início de candidatura.
As eleições estão chegando, por isso abram-te os olhos e não se esqueçam dos salários atrasados, das ruas esburacadas, e dos absurdos cometidos em sua gestão. Não deixem que um sorriso simpático e um passeio nas ruas humildes comprem seus votos!
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
Qual o problema das industrias de mídia?
A internet está um caos! Não se encontra mais tantos sites hospedeiros de arquivos para se baixar uma série, um filme ou uma música. Achar um link que ainda esteja funcionando é raro! Isso tudo por causa da grande atuação do FBI contra o compartilhamento de dados com direitos autorais, que está fechando e excluído os arquivos dos sites que tanto fazem a felicidade dos usuários da internet.
Já não bastasse o grande protesto nas redes sociais, essa ação do FBI acabou pegando carona na fama do SOPA e da PIPA, dois projetos de leis norte-americanos, que protegeriam ainda mais os copyrigt, impedindo totalmente a troca de arquivos piratas e punindo até com cadeia aqueles que continuassem disponibilizando links. Além disso, essas leis, que foram banidas pelo presidente americano, abririam espaço para uma censura virtual, já que o governo controlaria a rede.
E censurar a internet é um absurdo! Pode ser visto como uma regressão tecnológica, já que a rede virtual é feita de compartilhamentos, seja de mensagens, fotos pessoais, vídeos, séries, filmes ou músicas. E acabar com isso seria acabar com grande parte da internet, que já faz parte de nossas vidas. Quem nunca já baixou um álbum pra ver se as músicas eram boas? Ou viu um cover no youtube? Ou então, acompanhou uma série pela internet já que na tv os episódios eram atrasados? Por fim nisso, nos privaria de cultura e informação.
Mas o fim do compartilhamento, chamado de pirataria pelas industrias de mídia, não está tão perto. Ainda possuímos gratuitamente o torrent, que é até complicado de usar, e alguns sites que resistem com seus arquivos. E mesmo que consigam impedir o uso dessas ferramentas, ainda existem aqueles esquecidos vendedores ambulantes, que vendem cds, dvds e jogos piratas. Reverter essa situação é um pouco complicada, acabar com troca de arquivos protegidos pelos direitos autorais é uma operação dificílima.
Mesmo sabendo que é complicado, as empresas de mídia continuam combatendo o compartilhamento dos seus arquivos, ao invés de abrir os olhos e perceberem que isto dissemina e populariza os produtos, artistas e até a empresa. Mas o que querem são as vendas de cds e dvds como antigamente, e que caem a cada ano, algo muito difícil de voltar ao normal.
Poucos investem em novidades e outros meios de vendas. Exemplo disso é o mercado dos colecionadores e dos fãs, que estão dispostos a pagar caro por um produto de qualidade ou da sua banda preferida. Porque convenhamos que pra um fã de uma banda ter um cd físico é muito diferente do que ter no ipod. Porém, esse setor não é investido e valorizado pelas empresas, que lançam os produtos de qualquer modo.
Dessa forma, as corporações acham mais fácil acabarem com todos os meios de pirataria e forçar as pessoas a comprarem o original, do que investir em novidades e outras formas de lucro. Gerando assim, uma regressão da internet e até mesmo cultural. Mal sabem eles que os usuários não são simples de se domar...
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Luta pela história
O turismo
em Natal é um tanto diversificado, temos praias, o morro do careca e o Forte
dos Reis Magos. Infelizmente, o centro histórico da cidade, localizado
principalmente na Ribeira e na Cidade Alta, é deixada de lado pelos passeios
turísticos e é esquecido até pela grande maioria dos natalenses, que não
valorizam a obra dos prédios e sua importância histórica.
Essa
mentalidade é característica de grande parte dos cidadãos que moram aqui, preferindo
derrubar um prédio antigo, caindo aos pedaços e com sistema elétrico defasado,
e construir um novo edifício, com modernas instalações. Exemplo disso, foi a
recente demolição do nosso estádio de futebol Machadão, que tinha 40 anos e foi
palco de grandes disputas do futebol potiguar, e que deu lugar a um canteiro de
obras para a construção do Arena das Dunas, mais moderno e amplo.
Fonte: Tribuna do Norte |
Porém, com a
maior ação do Iphan-RN, a situação começa a mudar, mesmo lentamente. Preocupados
em manter a identidade histórica e cultural da cidade, foram responsáveis por
tombar prédios centenários e com suas devidas histórias de vidas, evitando suas
demolições. Além disso, o órgão revitaliza e reestrutura alguns edifícios com
verba federal, como a centenária Estação Ferroviária Sampaio Correia, que após
ser revitalizada e reestruturada, será inaugurado em Março deste ano, trazendo
novamente a beleza da obra arquitetônica.
Fonte: Tribuna do Norte |
Mas os
problemas não acabaram, ainda existem muitos prédios antigos que estão em mãos
particulares e que não são disponibilizados para revitalização, e até mesmo
correm o risco de ser demolidos e vendidos para construção de prédios
comerciais e residenciais. Caso do Clube da Arpege, antigo bar que funcionava num
dos maiores prédios históricos da ribeira e que hoje está em estado deplorável,
mas que já está em negociações com alguém que queira revitalizá-lo.
Mesmo com a
ação do IPHAN-RN e de poucos que se importam com a situação histórica e
cultural da cidade, a mentalidade de desvalorização do velho e antigo ainda
toma conta de grande parte da população natalense, o que não é visto em cidades
como Recife, Olinda e Ouro Preto, onde a própria população luta pela preservação
da cidade. Então, devemos dar valor ao que faz parte da nossa história e da
cidade, o centro histórico precisa ser valorizado e ser uma das imagens
turísticas de Natal.
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
Chove chuva
Chegamos em janeiro, começo do ano e época de fortes chuvas no sudeste. Minas Gerais é um dos estados que mais está sofrendo com a grande quantidade de água, já são 87 cidades em estado de emergência, oito pessoas já morreram e deslizamento de terras atingem até patrimônios históricos dos municípios mineiros. O Rio de Janeiro já está de prontidão, as chuvas atingem grande parte do estado, inclusive as áreas serranas que foram palco de um grande desastre no ano passado.
Cidades fluminenses, como Nova Friburgo e Teresópolis, foram vítimas de fortes chuvas em 2011, que aumentaram a vazão dos rios, causaram deslizamento de terras, soterraram inúmeras casas e mataram mais de 900 cidadãos. Sendo uma região de serras e colinas, o governo nada fez para prevenir a catástrofe, e sendo assim, as estradas foram danificadas, as ruas ficaram cheias de lama e os rios invadiram as cidades.
Passado um ano, o governo também pouco fez. A verba federal repassada foi de 10 milhões de reais para tentar reconstruir a infra-estrutura das cidades e desenvolver obras para conter as chuvas. Mas o prefeito de Nova Friburgo foi afastado do cargo, por suspeita de irregularidades no uso da verba. Até agora, não foram feitas as casas para os desabrigados, as encostas continuam sem contenção e as obras feitas estão em andamento em pleno período de elevado índice pluviométrico. E novos acidentes acontecem.
Hoje, quinta feira 5 de janeiro, uma represa em Campos dos Goyatazes transbordou e danificou seriamente uma rodovia, que não foi construída para suportar enchentes. Na mesma cidade, alguns moradores tiveram que ser retirados as pressas por estarem em áreas irregulares, coisa que poderia ter sido evitada há dois anos quando o pesquisador Arthur Soffiati propôs deslocar a população do local para uma área segura, e foi ignorado pela prefeitura e pelo Ministério Público.
Dessa forma, o governo não providencia evitar essas catástrofes, e acaba gastando muito para tentar sustentar dezenas de desabrigados, infelizmente nosso país prefere remediar do que prevenir. Se a situação caminhar da mesma forma, próximo verão veremos a mesma cena se repetir, e teremos que nos unir para garantir suprimentos a esse povo que não tem culpa, teremos que fazer o que o próprio estado devia fazer.
Cidades fluminenses, como Nova Friburgo e Teresópolis, foram vítimas de fortes chuvas em 2011, que aumentaram a vazão dos rios, causaram deslizamento de terras, soterraram inúmeras casas e mataram mais de 900 cidadãos. Sendo uma região de serras e colinas, o governo nada fez para prevenir a catástrofe, e sendo assim, as estradas foram danificadas, as ruas ficaram cheias de lama e os rios invadiram as cidades.
Passado um ano, o governo também pouco fez. A verba federal repassada foi de 10 milhões de reais para tentar reconstruir a infra-estrutura das cidades e desenvolver obras para conter as chuvas. Mas o prefeito de Nova Friburgo foi afastado do cargo, por suspeita de irregularidades no uso da verba. Até agora, não foram feitas as casas para os desabrigados, as encostas continuam sem contenção e as obras feitas estão em andamento em pleno período de elevado índice pluviométrico. E novos acidentes acontecem.
Hoje, quinta feira 5 de janeiro, uma represa em Campos dos Goyatazes transbordou e danificou seriamente uma rodovia, que não foi construída para suportar enchentes. Na mesma cidade, alguns moradores tiveram que ser retirados as pressas por estarem em áreas irregulares, coisa que poderia ter sido evitada há dois anos quando o pesquisador Arthur Soffiati propôs deslocar a população do local para uma área segura, e foi ignorado pela prefeitura e pelo Ministério Público.
Dessa forma, o governo não providencia evitar essas catástrofes, e acaba gastando muito para tentar sustentar dezenas de desabrigados, infelizmente nosso país prefere remediar do que prevenir. Se a situação caminhar da mesma forma, próximo verão veremos a mesma cena se repetir, e teremos que nos unir para garantir suprimentos a esse povo que não tem culpa, teremos que fazer o que o próprio estado devia fazer.
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