terça-feira, 26 de junho de 2012

nova licitação para o transporte público


   O trânsito de Natal é um caos. Já não bastam as vias cheias de carros e a sinalização defasada, o natalense não tem outro meio público para se locomover na cidade a não ser pelos ônibus e alternativos. Nos horários de pico, esses transportes públicos ficam lotados, alguns demoram muito a passar, não há regularidade em relação à hora do itinerante e não há linhas suficientes para integrar toda a cidade, fazendo com que o cidadão tenha que pegar dois ônibus - ou mais - e passar por diversos empecilhos.
   Com objetivo de tentar sanar os atuais problemas e modernizar o sistema, a prefeitura, semanas atrás, anunciou a criação de uma nova licitação para o transporte público da capital. Foi contratada uma empresa paulistana para redesenhar a malha rodoviária da cidade – feita primeiramente nos anos 80, privilegiando o centro da cidade, Ribeira, Tirol e Petrópolis – que irá passar de 125km²  para 134km². Também é prometido mais informação em relação às linhas, implementando toteis de informação em algumas paradas.
   Cada empresa que ganhar a licitação deverá investir, no mínimo, 152 milhões de reais nos transportes, além de comprar 115 novos ônibus, modernizando os veículos até 2014 – ano da copa do mundo. Porém, essa licitação carrega pontos bem contraditórios, como a diminuição da frota do transporte público, que passa de 834 para 772 veículos, ato que não visa um futuro aumento populacional e, conseqüentemente, de usuários. Sobre isso, o responsável da licitação, Haroldo Maia, diz que aumentará o número de viagens e o tamanho dos ônibus, com o uso dos sanfonados.
   Outro ponto é o fim da circulação dos alternativos pelos bairros de Tirol, Petrópolis, Quintas, Alecrim e Cidade Alta. Esses microônibus circulam entre as pequenas ruas que os grandes ônibus não passam, complementando as linhas e a integração urbana, mas a partir da nova licitação, eles estarão proibidos.
   Esta nova licitação pode ser modificada, pois ainda deverá ser aprovada e estudada pelos setores de transporte da cidade. Mesmo com essas novas mudanças e modernização da frota, ainda falta o essencial: investimento público. Ainda não se investiu na reestruturação das avenidas e ruas, na liberação de faixas exclusivas para os ônibus e vias expressas. O trânsito natelense necessita de uma urgente melhora.

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