O trânsito de Natal
é um caos. Já não bastam as vias cheias de carros e a sinalização defasada, o
natalense não tem outro meio público para se locomover na cidade a não ser
pelos ônibus e alternativos. Nos horários de pico, esses transportes públicos
ficam lotados, alguns demoram muito a passar, não há regularidade em relação à hora do itinerante e não há linhas suficientes para integrar toda a cidade,
fazendo com que o cidadão tenha que pegar dois ônibus - ou mais - e passar por diversos empecilhos.
Com objetivo de tentar sanar os atuais problemas e modernizar o sistema, a prefeitura, semanas atrás, anunciou a criação de uma nova licitação para o transporte público da capital. Foi contratada uma empresa
paulistana para redesenhar a malha rodoviária da cidade – feita primeiramente
nos anos 80, privilegiando o centro da cidade, Ribeira, Tirol e Petrópolis –
que irá passar de 125km² para 134km². Também é prometido mais informação em
relação às linhas, implementando toteis de informação em algumas paradas.
Cada empresa que
ganhar a licitação deverá investir, no mínimo, 152 milhões de reais nos transportes,
além de comprar 115 novos ônibus, modernizando os veículos até 2014 – ano da copa
do mundo. Porém, essa licitação carrega pontos bem contraditórios, como a
diminuição da frota do transporte público, que passa de 834 para 772 veículos,
ato que não visa um futuro aumento populacional e, conseqüentemente, de
usuários. Sobre isso, o responsável da licitação, Haroldo Maia, diz que
aumentará o número de viagens e o tamanho dos ônibus, com o uso dos sanfonados.
Outro ponto é o fim
da circulação dos alternativos pelos bairros de Tirol, Petrópolis, Quintas,
Alecrim e Cidade Alta. Esses microônibus circulam entre as pequenas ruas que os
grandes ônibus não passam, complementando as linhas e a integração urbana, mas
a partir da nova licitação, eles estarão proibidos.
Esta nova licitação pode ser modificada, pois ainda deverá ser aprovada e estudada pelos
setores de transporte da cidade. Mesmo com essas novas mudanças e modernização da
frota, ainda falta o essencial: investimento público. Ainda não se investiu na
reestruturação das avenidas e ruas, na liberação de faixas exclusivas para os ônibus
e vias expressas. O trânsito natelense necessita de uma urgente melhora.
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