terça-feira, 19 de junho de 2012

fim das sacolinhas plásticas


   Há exatamente um ano, eu estava em uma excursão da escola para Minas Gerais. Junto com uma amiga, fui a um supermercado em Belo Horizonte comprar um bolo de aniversário para a festa surpresa do nosso professor, que acompanhava a viagem. Em meio à correria para não sermos vistos, o atendente do caixa não ofereceu as sacolinhas plásticas, forma de esconder as coisas da festa. “Vinte centavos a sacola”, ele disse calmamente. Achamos um absurdo, onde já se viu cobrar por uma sacola plástica? Mas tão pouco tempo tínhamos que pagamos por quatro unidades.
   Essa situação pode ser extremamente estranha para alguém de Natal, onde as sacolas são oferecidas gratuitamente pelos supermercados da região. Mas em cidades como São Paulo, já foi posto em prática o acordo que as tira de circulação, oferecendo apenas para a venda. Esta é uma forma de instruir o consumidor a utilizar outras maneiras de armazenamento mais verdes, como sacolas de algodão e carrinhos de feira, e deixar de lado as sacolinhas plásticas, que demoram centenas de anos para se decompor e ainda são poluentes, pois produzem CO2.
   São essas sacolinhas que são jogadas em vias públicas, entopem bueiros e sujam a cidade. Mas também são elas que guardam os detritos domésticos de grande parte das classes sociais. Seja rico, pobre ou classe média, as pessoas embalam o lixo nas sacolinhas que recebem na hora das compras. E sem elas, como fica?
   Alguns dizem que a solução é comprar sacos especialmente para lixo, que hoje em dia já são feitos de materiais reciclados e ambientalmente corretos. Mas e a família que não tem condições? Ambientalistas mencionam o armazenamento do lixo em caixas de papelão, podendo ser obtidas no próprio supermercado. Mas os sistemas de coleta estão preparados?
   Enfim, uma ação como esta não pode chegar à sociedade de forma isolada. Deve vir em junção com o melhoramento do sistema de coleta das cidades, ações educacionais para conscientizar o uso de meios ecologicamente corretos, e, sobretudo, novas soluções para substituir as sacolinhas plásticas, que possam ser acessíveis, de forma que ninguém saia perdendo, nem o meio ambiente e nem o homem. 

Um tweet aleatório e engraçado


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