Egito antigo. O sol escaldante reflete na pele de cada trabalhador que se encontra naquela região desértica, trabalhando na construção do que viria a ser a maior pirâmide do mundo, a pirâmide de Quelps. Rolando enormes pedras e as içando sabe lá Deus como, os egípcios construíram parte de um complexo funerário meticulosamente criado para guardar o corpo do faraó e garantir sua vida no além. Esse complexo começava com um cortejo fúnebre na capital Mênfis e em seguida o corpo era mumificado e purificado, para depois ser levado em seu sarcófago até a pirâmide.
Para os grandes faraós, além da construção de pirâmides, eram alojados seus pertences mais valiosos e sua história de vida era pintadas nas paredes das tumbas. Isso tudo era preparado ainda com o governante em vida, e mostra uma característica do ser humano desde esses tempos: sua consciência da morte e a preparação para recebê-la.
Castelo de Santo Ângelo |
Atualmente, ainda há pessoas que constroem mausoléus para a família, mas a grande maioria compra covas nos cemitérios particulares para serem enterradas. Também existem vários planos de seguros de vida, os quais o indivíduo garante uma indenização aos familiares caso o segurado morra; e planos de morte, que assegura o pagamento das despesas funerárias, como caixão, velório e até padre. Além disso, algumas pessoas já sabem qual roupa vestirão no seu velório e as flores do caixão.
Ou seja, cada qual com seu nível de consciência, é inevitável não se preparar para a morte, seja pagando um seguro de vida ou até construindo uma pirâmide.
* Um agradecimento para minha amiga Hannah Cabral, que me ajudou a escrever o texto e é conhecedora da cultura Egípcia, Romana e Grega.
"O homem tem uma grande vantagem sobre o resto do universo: sabe que morre, ao passo que o universo o ignora absolutamente."
Blaise Pascal
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