sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Dicas de livros - A irmã de Ana Bolena

 
   Que conhecimento tens das cortes reais europeias no início da idade Moderna? Pensou em luxo, ócio, festas e gastanças? Realmente o ambiente real era uma felicidade só, com grandes eventos, regados a música, diversos banquetes, danças e bebedeira até a madrugada. Mas para alguns, a vida na corte era mais que isso, era tensão e estresse.
Henrique XVIII
  O Rei Henrique VIII, o mesmo que criou a igreja anglicana, não conseguia ter um filho homem com a Rainha Catarina de Aragão, mais velha que o próprio Henrique. A disputa a quem daria um herdeiro ao rei movimentava as grandes famílias da corte, e os Bolena estavam na corrida. Essa competição era um segundo lado da realeza festiva e feliz, e é exatamente essa áurea da corte que o livro A irmão de Ana Bolena trás, contando a história dos três irmãos Bolena, George, Ana e Maria, que estavam dispostos a fazer de tudo para conseguir ascender socialmente.
   A autora Philippa Gregory consegue transformar, baseados em fatos reais, um romance ficcional de uma história real de intrigas e ambição. Escrito detalhadamente, o livro tem mais de 600 páginas, mas o ritmo do enredo mantêm-se o mesmo até o final da história. Além disso, foi lançado em 2008 a versão filme para história, chamado de A Outra - duas irmãs, um rei, que serve mais para os leitores visualizarem algumas cenas do livro.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

canteiros feios de uma cidade mal cuidada

 
   Há três anos, o canteiro da rotatória do machadão, na avenida prudente de moraes, era florido e devidamente cuidado. Ornamentado com pedras, a grama era verde e as plantas tinha vivacidade, passar por lá era um show de beleza. Essa foto mostra o estado desses canteiros atualmente, usados como área para camarotes do carnatal, as flores deram lugar a grama pálida, lixo e desleixo. Infelizmente, esta foto representa a real situação da cidade de Natal hoje em dia, feia e mal cuidada.
   A administração da prefeitura não consegue manter um mínimo de padrão de bem estar. Já não bastasse os famosos buracos em grandes avenidas da cidade, que rendeu blog e muitos pneus furados, a coleta de lixo está crítica, já pude ver sacos de lixos na rua que não foram coletados e a própria sujeira nos canteiros que não são limpos.
   Mas não só em quesito aparência da cidade a prefeita deixa a desejar. De acordo com Institudo Sangari, homicídios em Natal tiveram crescimento de 251%, mostrando o avanço da violência na área urbana e que nós cidadãos estamos passando. Além disso, as lagoas de capitação, espalhadas pela cidade, estão em estado de calamidade, despreparadas para o próximo período de chuvas.
   Para ser justo, algumas obras que foram desenvolvidas durante esse mandato foram feitas em benefício da população carente. Essa semana foi inaugurado o albergue municipal, onde os moradores de rua terão abrigo durante as noites e oportunidades de cursos profissionalizantes durante o dia. Além disso, também foram criados algumas unidades de atendimento de saúde, inclusive a unidade de pedriatria, que fica na Avenida Jaguarari.
   Mesmo com algumas obras e projetos em andamento, se formos por na balança os atrasos dos salários dos educadores e dos trabalhadores públicos, o aumento da passagem de ônibus que não acarretou na maior frota, e da má administração, podemos perceber que a gestão da prefeita Micarla foi deficiente em vários setores. Mesmo assim, ela ainda acredita numa recandidatura, talvez ainda não foi informada que sua rejeição está acima de 90% da população.
   Então, próximo ano, nas eleições à prefeito de Natal, pense bem em quem vai votar. Não queremos os canteiros sujos e mal cuidados, ou seja, não queremos mais Natal como está.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Vamos as compras!

 
   Essa semana chegou ao Brasil o Iphone 4S, o novíssimo celular da apple com um melhor processador, gráficos perfeitos, câmera potente que grava em full HD, um sistema de controle de voz que não entende português, e mais inúmeras funções que poderiam ter sido acopladas em apenas uma geração do aparelho. Essa belezinha sai no mínimo 2.600 reais, chegando até 3.400. Mesmo assim, as filas estavam cheias de lunáticos em busca de seu novo celular, mesmo já tendo um inútil iphone antigo.
   Maluquices a parte, este fato representa a figura da sociedade brasileira atual: consumista. Como diria Lula, "nunca na história deste país" se consumiu tanto! Oprimidos por décadas perdidas, arrochos salariais, sucateamento de indústrias e uma cruel inflação, nossos pais e avós não podiam comprar tanta coisa, até mesmo porque não existiam tantas coisas assim. Com a mudança da moeda para o real, a economia brasileira começou a melhorar, a concorrência surgiu, a moeda se valorizou e tempos bons apareceram. Desde então, vivemos em franco crescimento, passamos a ser chamados de Emergentes e temos um forte mercado consumidor em ascenção, com grande poder de compra.
   Com a abertura do mercado, as multinacionais puderam importar para cá o modo de vida consumista americano e europeu. Lançando rapidamente novos produtos e modelos, que logo se mostram defasados em pouquíssimo tempo, fazendo com que o consumidor seja fascinado pelas novidades tecnológicas e, sem perceber, entrar no ciclo de gastança. Dessa forma, os produtos não são mais vendidos para durarem e sim para vender. E nós estamos comprando!
   Ganância também faz parte desse processo, já que tem gente que gasta 3400 num iphone enquanto existem dezenas de coisas mais úteis pra se fazer com esse dinheiro todo. Que tal comprar cestas-básicas para quem precisa?
   Somos produto dessa evolução econômica que nosso país está passando, e como qualquer sociedade capitalista e desenvolvida, passamos a ser consumistas frenéticos, gananciosos e inúteis. E a questão ambiental? Esquecer esse ponto é muito fácil enquanto se está no shopping torrando dinheiro Aliás, você já trocou de celular esse ano? Porque eu to sabendo de uns modelos mais novos e mais legais...

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O que realmente acontece na Palestina?

   Entre jornais e notícias sobre os bombardeios de carros e homem-bombas nas cidades da região, eu me perguntava pra que tanta violência e não entendia o real motivo para se matar tanta gente. Na verdade, eu não sabia ainda o que eram Árabes e Judeus, mas apenas, assassinos e vítimas.
   Foi nesse ano, que aprendi que os Judeus, povo com uma mesma cultura religiosa mas sem nação, depois de sofrerem com as perseguições antissemitas e o horroroso Holocausto, encontraram na Palestina a terra tão buscada para reunir todos aqueles que seguiam o judaísmo e sofreram tanto com o nazismo. A região foi escolhida, porque muito tempo atrás foi lá que nasceram os Hebreus, povo que deu origem aos judeus, e também sofreram diversas perseguições de romanos e cristãos, que os obrigaram a deixar seu território e acabaram por se espalhar pela Europa, garantido sua sobrevivência. Era a volta dos judeus à terra dos seus ancestrais, era a volta às suas terras.
   Escolhida o local, milhares de judeus imigraram para lá e aos poucos tomaram conta. Apoiados pelo Sionismo, movimento político e filosófico que defende a criação de um estado judaico na região, criaram Israel. Contra esse avanço, os árabes, que viviam antes da criação do estado, revoltados com a divisão de suas terras para outro povo de religião diferente, criaram organizações terroristas e brutalmente demonstraram sua insatisfação com os pobres judeus que apenas queriam uma nação.
   Mas foi também nesse ano, que assisti o documentário "Ocupação 101" e pude ver pelas imagens chocantes e fortes a real situação da palestina. Diferente dos jornais ocidentais, o filme mostrou a vida dos árabes, que foram expulsos de suas casas para dar espaço aos judeus, e obrigados a viver precariamente em assentamentos, que mais tarde também seriam destruídos sem piedade para construção de cidades judias. Ver as cenas de mortes, de tristeza e de terror na cara das crianças palestinas me fez perceber o quanto errada era minha noção sobre o conflito: eram os palestinos, oprimidos pelos ocidentais, que estavam sofrendo com o sionismo.
   Há uma semana, comecei a ler o livro "A cicatriz de David", escrito por Susan Abulhawa, com personagens fictícios mas baseado em fatos reais. Que conta a história de Amal, uma menina árabe que desde pequena sofreu pela ação dos judeus sionistas, que impediram seus avós de voltarem para suas casas, obrigando-os a morar em um acampamento precário, que vez ou outra era bombardeado. Seus amigos morreram, os homens da vila foram raptados e torturados, e com apenas 6 anos teve que conviver com o terror e a morte causado pelo exército ocidental. Seus avós foram mortos, sua mãe ficou louca, e seu pai e seu irmão seguiram o caminho do terrorismo, forma encontrada para vingar as mortes de todos os  familiares e amigos que os judeus causaram.
   O que realmente acontece na Palestina, é um conflito abafado pela mídia americana, que reforça a ideia de violência que gera violência. Os judeus, tão perseguidos na segunda guerra, descontaram nos árabes, que se uniram em grupos terroristas para matar tanto quanto os sionistas. É um ciclo de vingança, onde todos têm razão e ao mesmo tempo não tem. Muitas Amals existem na palestina, vivendo o terror de nascer e viver na região, que apenas querem paz e as suas terras de volta.