Semana passada, depois de sair da aula de
inglês, fui ligar para minha mãe me pegar no curso. Quando vi, o celular estava
descarregado e não tinha ninguém conhecido para eu perguntar “Tem crédito pra
residencial?”. Já passavam trinta minutos da hora estipulada e minha carona ainda
não chegava. O estresse já tomava conta, junto com a vontade de ir pra casa sem
avisar a ninguém, até que vi um desolado orelhão público e finalmente consegui
me comunicar.
A partir disso, comecei a pensar ha quanto tempo não utilizava os telefones públicos. Dois anos, três? Não sei, mas fazia séculos
que não ligava de um orelhão. Engraçado que, antes de ganhar meu primeiro
celular aos 10 anos, só ligava para a casa – a cobrar – dos telefones públicos
que tinham na minha escola, eles eram tão disputados que formavam filas de
tanta gente que usava. Ainda me lembro esperando a minha vez na filinha para
telefonar.
Depois da aula, era costume todo mundo se
reunir em frente ao orelhão para passar trote aos números aleatórios. “Alô? Tem
um carro de gelo em frente a sua casa? Não? Ah, então já deve ter derretido”,
clássica! E os cartões de ligações que eram comercializados? Meu pai sempre
andava com um na carteira para eventuais necessidades. Certa vez, ele me deu um
do Zezé de Carmago e Luciano, que se você discasse o determinado número,
poderia ouvir o mais novo sucesso da dupla sertaneja.
Ah, tempos bons, os quais foram ofuscados
atualmente pelos populares celulares. As operadoras de telefonia móvel jorram promoções,
pelas quais é capaz de conversar com alguém gastando apenas centavos. E quando os
créditos acabam sempre tem aquele amigo que empresta o celular. Dessa forma, o encontro com os telefones públicos só ocorrem se,
descarregado o celular, não tiver mais meios – leiam-se amigos que emprestam os
seus – para se comunicar.
Alguém se lembra dos cartões telefônicos? |
Em Londres, as cabines de telefone público estão sendo leiloadas por falta de uso... sabia?
ResponderExcluirCaramba! Essa eu não sabia. Londres é um dos únicos lugares onde ninguém quer que as cabines telefônicas acabem kk
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