O sistema eleitoral brasileiro atual é confuso, nas eleições para deputado levam-se em conta os totais de votos para os partidos, e não de cada candidato. Assim, quanto mais votado, o partido consegue eleger maior número de políticos, é o chamado Coeficiente Eleitoral. Com esse artifício, das 513 vagas da Câmera, 477 políticos conseguiram entrar independentemente da quantidade de votos, só pela influência dos partidos. Apenas 36 conseguiram se eleger com os seus próprios votos. Além de ser complexo, abre precedentes para corruptos entrarem no poder sem ao menos se esforçar e garantir vitória nas urnas.
Para acabar com essa baderna na Câmara dos Deputados está sendo desenvolvido um novo sistema, o Voto Distrital. Muito mais simples e claro, divide o país em diversos distritos pequenos, tendo direito de eleger um deputado representante. Já usado nos Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha, esse tipo de voto é defendido no Brasil pelo PSDB (Partido Social Democrata Brasileiro). Os defensores alegam que assim o número de candidatos diminui, pois cada partido terá direito apenas a um, e diminuirá também os gastos com as campanhas, já que não será preciso excesso de propagandas e viagens.
Dentre muitos benefícios, na teoria, o que chama mais atenção é a possibilidade do acompanhamento do eleitor com seu eleito. Sendo um representante, os habitantes do lugar terão maior facilidade de acompanhar a sua atuação em Brasília. Mas mesmo tendo a intenção de facilitar o processo eleitoral, muitas cidades serão divididas em mais de um distrito, e a distribuição da população poderá ser difícil, pois muitos ficarão confusos em relação ao grupo de eleitores que fazem parte, sendo assim, um possível ponto negativo.
O voto distrital é um novo sistema que trará uma revolução para os parâmetros eleitorais brasileiros, levando ao fim o modo arcaico de eleições que já não combina mais com o país e sua grande população. Os exemplos do bom funcionamento só são internacionais, mas qualquer tentativa de resolver o nosso terrível problema de corrupção e mudar a infame política nacional está valendo.
PS: Para aqueles que apóiam o voto distrital, está no ar o site oficial para obtenção de mais informações: Site do voto distrital
Apoio a ideia.
ResponderExcluirBem, posso adiantar que não fazia a menor idéia de como era o processo eleitoral para deputados no Brasil. Eu assistia ou ouvia a apuração das eleições e ficava me perguntando como o deputado "fulano" havia conseguido se eleger apesar dos tão poucos votos. Agora entendo e isso me deixou meio indnada. Na minha mente leiga achei que fosse nosso sistema fosse como o que está sendo votado agora para ser cumprido. Apoio a idéia, apesar de ter uma coisa que me deixa com um pé atrás: apesar de ser mais democraticamente correto, fico pensando se aqueles que recebem a maior parte dos votos não são os mais corrupstos, o que têm mais poder aquisitivo e aqueles que mais conseguem alienar os eleitores. Crápulas à parte, também acredito que assim haverá a oportunidade de candidatos locais que realmente conhecem as necessidades da região proposcionará algo mais justo. Certo, só repeti o que você falou, mas de qualquer jeito, adorei a ideía, fofo lindo. E AMEI SEM DÚVIDAS DO FUNDO DO MEU CORAÇÃO o nome do blog. Nada mais culto do que fazer alusção à mitologia.
ResponderExcluirVocê tem, realmente, perfil de jornalismo...
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