As expressões “Afro-descendente”, “praticante de relações homo afetivas” e “viciado em drogas” são exemplos de expressões que significam, respectivamente, negros, gays e dependente químico. Nossa sociedade cria essas devidas palavras para nomear parte da população que sofre grande preconceito e é vista como minoria, que carrega o fardo histórico nas costas. Mas, mesmo tendo a intenção de amenizar a situação dos “diferentes”, na verdade segrega ainda mais esses povos.
Os indivíduos de pele clara podem ser chamados de Caucasianos, mas serem chamados de brancos não é visto como ofensa. Os heterossexuais são conhecidos assim mesmo, ou até de normais, enquanto os homossexuais são determinados por vários outros nomes. Um dependente de drogas pode ser usuário tanto de cocaína, maconha ou álcool. Sim, o álcool, que quem bebe é no máximo chamado de alcoólatra, mas é dependente químico do mesmo jeito.
Além de serem ofensivas, as expressões criadas são muitas vezes generalizações. Como disse o economista negro Walter Williams à entrevista para a revista veja, quando perguntado se exigia ser chamado de Afro-americano ele respondeu: “Essa expressão é uma idiotice, a começar pelo fato de que nem todos os africanos são negros. Um egípcio nascido nos EUA é um afro-americano?”.
Quanto mais vocábulos criados para formalizar a maneira de se direcionar a aqueles que tanto sofrem preconceito, mais é criado um obstáculo entre a igualdade social. Não devemos nos importar em como os chamamos, o que realmente importa para sermos todos iguais, é como os tratamos e os aceitamos.
Muito bom, a mais pura verdade. *palmas*
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